Eu explico de forma direta como escolher entre trabalhar no CPF, abrir MEI, migrar para ME ou virar uma limitada. Se você está começando e fatura até cerca de R$2.500 por mês, mantenha o CPF. Quando começar a faturar um pouco mais (média de R$2.500–6.750/mês), o MEI é a opção mais prática: custo mensal baixo (~R$70–80), cadastro rápido e sem contador, mas limite anual de R$81.000. Tome cuidado com boletos/propagandas pagas e com usar endereço comercial para não ter fiscalização da prefeitura. Emissão de nota conta como faturamento — se não emitir, você pode estar na ilegalidade. Se seu objetivo é crescer e atender clientes maiores, migre para ME (microempresa) ou limitada: ME suporta até R$360.000/ano e a limitada dá mais estrutura societária. Você passa a ter impostos diferentes (ex.: alíquotas em torno de 6% sobre serviços na faixa citada) e precisa de contador (virtual R$80–200/mês ou tradicional R$200–400/mês). Clientes high-ticket costumam exigir nota fiscal, então, para cobrar projetos caros é recomendável já estar numa estrutura ME/limitada. Fale com seu contador para acompanhamentos e migrações automáticas quando ultrapassar faixas. Termos/Glossário: - CPF: cadastro de pessoa física, usado antes de abrir empresa. - MEI: microempreendedor individual, regime simplificado com limite de R$81.000/ano. - ME: microempresa, categoria para faturamentos maiores (até R$360.000/ano). - Limitada (LTDA): tipo societário que formaliza sócios e proteção de responsabilidade. - Simples Nacional: regime que unifica impostos em um único pagamento. - CNPJ: cadastro da empresa (equivalente ao CPF para pessoa jurídica). - Faturamento: soma das receitas declaradas/emitidas por nota. - Nota: nota fiscal, documento que comprova a venda/serviço. - Conta PJ: conta bancária pessoa jurídica.